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200 1 ^a<Os >negros em Portugal^eséculos XV a XIX^fComissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses^gcoord. Ana Maria Rodrigues^gtextos Ana Pais... [et al.]
210 9^aLisboa^cC.N.C.D.P.^d1999
215 ^a247 p.^cil.^d30 cm
330 ^a"Mais ou menos escuros, sempre os Portugueses lidaram com povos de outras etnias, que não estavam longe. Mas, a partir de 1441, uma viragem no seu comportamento se assinala. Homens, mulheres e crianças capturados em Terra de Negros são trazidos para Portugal e postos à venda. Descrevendo o horrível mercado, nem o cronista consegue escapar a uma piedade e lástima pelos infelizes assim tratados. Em Lagos terá ocorrido uma primeira transação pública. Na ilha da Madeira o aproveitamento de Guanches das Canarias igualmente capturados e dominados vai permitir com essa mão-de-obra desenvolver a cultura da cana sacarina e criar uma nova riqueza. Com a máscara de uma misericordiosa conversão ao cristianismo que assim desculpava o atropelo. Pelo menos. Portugal, país mal povoado, onde faltavam braços para trabalhar os campos do Sul. Onde muito convinha aumentar os servidores urbanos para tarefas pesadas.O negócio de captura e venda vai crescer. Lisboa enche-se de negros, no testemunho finissecular de Jerónimo Münzer. As forjas dos Armazéns enchem-se de negros, as ruas de escravos e escravas a quem os mais penosos trabalhos se entregam. Já entrado o séc. XVI é com espanto que os estrangeiros do norte da Europa encontram a cidade pejada de negros. Que os seus senhores procuram explorar. Mas também há que não esquecer, defender. A escravos a quem se quer bem não se dá a alforria sem se lhes proporcionar meios de sobrevivência. Porque a liberdade, a liberdade só, era o caminho seguro para a marginalidade e para a morte.Momentos e situações graves se desencadeiam durante as epidemias. O abandono pela alforria era aniquilamento certo. Porque sem recursos não cumpririam as normas sanitárias impostas. O final do séc. XVI terá sido especialmente gravoso. E, desde então, a população negra começa a declinar. Até porque fazia falta em outras paragens das conquistas e senhorios do rei de Portugal.. Sobre a mão-de-obra escrava se ergue a economia do açúcar no Brasil, feito "outra Guiné"; sobre a servidão." (Joaquim Romero Magalhães, p.9)
606 ^aHistória^yPortugal^2SIPOR
606 ^aEscravatura^z1400-1899^2SIPOR
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702 1^aRodrigues,^bAna Maria S. A.,^f1957-^4340
702 1^aPais,^bAna^4070
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